quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Justiça condena Somália a pagar R$ 22 mil

Jogador mentiu sobre ter sido sequestrado para não pagar a multa por chegar atrasado ao treino no Botafogo


POR MARCIA VIEIRA

Rio - O juiz Joaquim Domingos, do 9° Juizado Especial Criminal do Rio, condenou, nesta quarta-feira, o volante Somália a pagar R$ 22 mil em doações paras as vítimas das chuvas na Região Serrana do estado. Entre os ítens estão cestas báscias, fraldas descartáveis, material escolar, roupas infantis e material de higiene.



O atleta terá que pagar R$ 12 mil até dia 27 de janeiro, R$ 5 mil até 27 de fevreiro e R$ 5 mil até o dia 27 de março. Somália mentiu sobre ter sido sequestrado para não pagar a multa por chegar atrasado ao treino no Botafogo. A sugestão da multa foi do promotor Márcio Almeida.
Para explicar o episódio policial do último dia 5 de janeiro, Somália veio a público, na semana passada, para comentar o caso pela primeira vez. Em um pronunciamento na sala de imprensa de General Severiano, o jogador do Botafogo confirmou que prestou esclarecimentos à polícia e aproveitou para se desculpar com os envolvidos.

"Queria pedir desculpas. Perdão, como filho, pai de família e cidadão. Perdão à torcida, que sempre me apoiou e vai continuar apoiando", disse, até que foi às lágrimas. "Acho que foi um erro e estou aqui para assumir. Tenho que pedir desculpas e dar prosseguimento à minha carreira", completou.

O jogador ainda lamentou por ter envolvido o Botafogo num episódio de repercussão negativa. "Desculpa à instituição Botafogo, que é muito maior que eu e a qual acabei manchando. Estou arrependido e tenho certeza que não vai acontecer novamente. Espero que seja página virada", garantiu.
Na semana passada, dois dias após o atleta dizer à polícia que tinha sofrido sequestro-relâmpago na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, delegada e investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) descobriram que a história é mentirosa, graças a imagens do circuito de segurança do prédio onde o alvinegro mora.

Em depoimento, Somália disse que foi abordado por um bandido às 7h15 de quarta-feira e ficou sob a mira de arma por quase duas horas. Ele também contou que o criminoso tinha roubado seu dinheiro, relógio e cordão, mas as imagens no elevador mostram quando o jogador tira o dinheiro da carteira.

Ainda de acordo com a gravação, Somália chega ao prédio de carro às 3h55, na quarta-feira — dia do primeiro treino do ano do Botafogo, que estava marcado para às 8h. Às 3h59, ele sobe de elevador e só reaparece às 8h46, quando vai até a garagem com uma mochila. As imagens mostram que Somália está usando o cordão e o relógio que ele disse terem sido roubados. O jogador deixa a mochila no carro e sobe ao apartamento às 8h59, sem a mochila. Às 9h05, o meio campo desce novamente até a garagem, desta vez sem as jóias. As imagens também flagram Somália retirando dinheiro da carteira. Às 9h07, ele sai do prédio de carro e segue para a delegacia, onde faz o registro de ocorrência às 9h32.
Naquele dia, seis policiais e duas viaturas foram mobilizados para refazer todo o suposto trajeto com Somália. Peritos tentaram coletar digitais no carro do jogador, para identificar o criminoso. Perguntas minuciosas e detalhistas foram feitas ao atleta, que demonstrou nervosismo e chegou a dizer ao advogado do Botafogo que não queria prosseguir.
“Ele disse que o bandido usava camisa azul marinho e depois disse verde florescente. Não sabia dizer onde tinha sido abordado. Disse que viu a moto, depois disse que só viu a pontinha. Falou que o assaltante fugiu correndo para frente, e depois voltou atrás. Quando o fato acontece de verdade, a vítima não fica dando voltas. Ele alarmou a população e não houve sequestro relâmpago algum”, definiu a delegada Juliana Domingues.

Medo de multa pode ter sido o motivo do papelão
Uma das especulações feitas por quem conhece Somália seria o fato de o jogador ter ficado receoso com a possibilidade de receber multa de até 40% no seu salário, caso chegasse atrasado logo no primeiro dia após as férias. A punição é aplicada a jogadores que cometem atos de indisciplina.

Um pequeno desabafo
Como Botafoguense, apaixonada pelo meu clube do coração fiquei muito triste pelo o que ele fez, não precisava disso, nossa tantas famílias precisando de tantas coisas, ele só teria de pagar uma multa de até 40% do seu salário, talves se ele fosse humilde e reconhecesse o seu erro talves poderia até ter sido perdoado da multa. Porém refletindo penso que essa condenação de grande valia, Deus sabe de todas as coisas, o dia que ele aprontou não estava chovendo  na Região Serrana, a mentira vem atona como minha falecida avó falava e minha mãe também fala "Mentira tem perna curta" e a decisão de qual seria a punição dele estava demorando, e com o problema da região serrana, creio que Deus tocou no coração das autoridades para que o jogador Somália viesse a pagar esse valor de R$ 22 mil em doações paras as vítimas das chuvas na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro.

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